A Escola Desportiva de Viana prepara-se para comemorar o seu 44º Aniversário. 12 de maio de 1976 foi o dia escolhido, para em tempos de grande debate e ação, um grupo de cidadãos criar uma Escola Desportiva na cidade de Viana do Castelo. São 44 anos de trabalho e resultados desportivos, muitos títulos nacionais, e de consolidação de uma cultura que a distingue dos demais porque é uma “Escola”.
Circunstancialmente, comemora este aniversário numa situação absolutamente imprevisível mas com impacto na sociedade em geral cujos contornos não são no imediato possíveis de definir. Uma pandemia provocada por um vírus agressivo que mata e nos obriga a estar em casa ou usar mascara para protegermos os outros, obrigando-os a protegerem-nos a nós. Quem pensaria em tal?
O desporto parou. Em particular o de recintos fechados. As normas das autoridades de saúde determinarão como e quando recomeçar, mas verdadeiramente ninguém sabe como vai ser, mas todos queremos e tudo faremos para que se recomece com toda a segurança possível sem comprometer a pratica, sob pena de não podermos mesmo voltar ao Pavilhão.
Assim está a EDV. Atenta, informada, com projeto, mas condicionada pelas circunstâncias. Não pode hoje anunciar o futuro imediato, porque não o domina, mas sabe que mais cedo ou mais tarde retomará o seu solido projeto desportivo e a normalidade ressurgirá. Nada pode prometer.
A Sociedade, em geral, assumiu a sua responsabilidade e cumpriu. Foi exemplar e o País agradeceu e o impacto foi controlado e menos destrutivo do que o esperado. Felizmente!
Mas há sempre umas ovelhas negras no rebanho, em geral e para nós EDV em particular, porque somos a vitima . Há sempre, lamentavelmente alguns cretinos, incultos, sem ética, que se vendem do dia para a noite e que se disfarçam durante o tempo necessário para na primeira oportunidade surgirem com a verdadeira face, de vendilhões do templo.
Enganam, sem escrúpulos, para prometer o que não podem prometer. Pressionam jovens que nem sequer percebem o cenário em que os colocaram e exigem-lhes compromissos impossíveis, porque o tempo não o permite.
E fazem-no repetidamente, há anos, sempre com argumentos falaciosos. Alguns vão, a vida corre-lhes mal, e logo de seguida querem voltar como se nada tivesse acontecido. Como se não tivessem sido falsos e caluniosos.
Os Clubes têm os seus projetos e devem construi-los com lealdade social e uma irrepreensível ética desportiva. Para que tal aconteça é preciso que os dirigentes, atletas e pais o compreendam, mas infelizmente tal não está ao alcance de todos e de um dia para o outro emerge a falsidade e o desrespeito e a ética desportiva passa a ser uma palavra inexistente.
Continuaremos o nosso projeto, mas não daremos a outra face... e protestaremos, desta vez, onde for possível. Na comunicação social, junto do poder politico autárquico que não pode ignorar as circunstâncias que, ainda que, inconscientemente, promove passivamente, nos partidos, nas redes sociais, denunciaremos e anunciaremos toda a verdade dos factos que estão a decorrer, chamando, perdoem o termo, “os bois pelos nomes”.
Terão então a oportunidade de os desmentir.
10 de maio de 2020
Alberto Midões